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Cana-de-Açucar, Bioenergias, Açucar e Etanol - Tecnologias e Perspectivas

Cana-de-Açucar, Bioenergias, Açucar e Etanol - Tecnologias e Perspectivas

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As plantações de cana-de-açúcar já são conhecidas dos brasileiros há quase cinco séculos. Naquele
começo, rapadura, cachaça e açúcar mascavo eram produtos especiais. Há quase um século, o Brasil teve
carros movidos a álcool. E no mesmo período vem sendo um importante player global na produção e
exportação de açúcar. Mas foi nos últimos 35 anos que o setor experimentou seu mais impressionante
salto de produção e produtividade com base num progresso tecnológico absolutamente espetacular.
O Proálcool, maior programa global de alternativa energética resultante dos “choques do petróleo”
dos anos 1970, deu uma nova feição à cadeia produtiva canavieira. Logo em seguida, a instituição
do Pagamento da Cana pelo Teor de Sacarose produziu uma das maiores revoluções tecnológicas do
agronegócio do século XX: novas variedades foram desenvolvidas, diferentes tratos culturais, épocas
de plantio e colheita, fórmulas de adubação, tudo mudou; a mecanização evoluiu demais, e técnicas
em cada segmento da agroindústria foram implementadas vigorosamente.
Estes movimentos todos fizeram o Brasil se transformar, de forma sustentável e altamente
competitiva, no maior exportador mundial de açúcar e etanol. Os horizontes para o futuro são
ainda mais promissores: a chamada “economia verde”, terminologia repetida à exaustão nos grandes
encontros dos maiores líderes mundiais, abre espaços monumentais para a agroenergia, seja para os
biocombustíveis, seja para a bioeletricidade, seja para o uso do bagaço peletizado como alternativa à
lenha em lareiras nos países frios.
E não há um único desses temas que não esteja muito bem tratado neste oportuno e importante
livro. Neste momento da trajetória humana em que o aquecimento global é um grande problema, a
cadeia produtiva da cana tem um papel a jogar que transcende as fronteiras nacionais. Há, porém, um
aspecto preocupante em tudo isso: a falta de coordenação de políticas para o setor, tanto em âmbito
público quanto privado.
Até hoje não definimos quanto etanol queremos ou vamos produzir, em que tempo e para qual
mercado – interno ou externo. Não dispomos de modelos de contrato de longo prazo. Não sabemos
quem vai cuidar da logística, da estocagem, dos contratos de produção, da certificação do produto
final. Não temos coordenação nas áreas de desenvolvimento tecnológico e formação de recursos
humanos. Não há definição quanto ao futuro do álcool hidratado.
Nada se organiza sobre a questão alimentos x energia, tema ridículo que continua na mídia por
causa de interesses menores de outros setores. O sistema de produção, tão bem caracterizado por
Barbosa Lima Sobrinho no Estatuto da Lavoura Canavieira nos anos 40 do século passado, virou
poeira com a extinção do IAA. O fornecedor de cana, que “entrega” sua produção à usina, e não a
vende, tem uma posição muito desconfortável, em termos de elo de cadeia produtiva, porque não
pode escolher a quem vender: só pode fazê-lo para uma indústria próxima da sua área agrícola.
Isto desnivela a cadeia produtiva. E falta arbitragem no processo, desde o fim do IAA, embora o
Consecana seja um bom começo de conversa.
Enfim, num segmento tão promissor para o Brasil, em um momento tão importante, a falta
de coordenação pode inibir o avanço que o país pode ter até mesmo liderando uma mudança na
geopolítica global, exportando tecnologia para os países tropicais pobres da América Latina, África e
Ásia produzirem agroenergia, associada a alimentos. Por tudo isso é uma grande notícia o lançamento
deste esclarecedor livro, escrito por algumas das maiores autoridades em cada um dos temas tratados.

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  • Editora: Mecenas
  • Autor: Santos, Fernando
  • ISBN: 9788589687300
  • Edição: 3
  • Data de Publicação: 2018-01-01 00:00:00
  • Número de páginas: 448
  • Formato: Papel