A tão sonhada autossuficiência da produção nacional de trigo, capaz de suprir o consumo interno que gira em torno de 10,5 milhões de toneladas/ano, só será alcançada com o aumento da produção tritícola. Para isso, é imprescindível tornar o trigo nacional mais competitivo, o que significa reduzir o custo por tonelada produzida e diversificar as áreas produtoras, para assegurar a estabilidade da produção. Todo o Brasil Central possui um enorme potencial de crescimento da produção e de beneficiamento de trigo.
A diversidade de áreas para cultivo de trigo constitui alternativa para diminuir a variação na produção total desse cereal, decorrente das adversidades climáticas comuns na Região Sul do Brasil, principal produtora.
Nos últimos anos, a produção de trigo nas áreas tropicais do País, na entressafra das culturas de verão, pôde viabilizar a autossuficiência na produção brasileira desse cereal. Além disso, o cultivo de trigo nessas áreas traz benefícios diretos e indiretos para um sistema produtivo sustentável, entre os quais, compor o sistema de sucessão e rotação de culturas das propriedades com formação de palhada de boa qualidade, propiciando condições físicas, químicas e biológicas para a manutenção da capacidade produtiva do solo; ocupar áreas durante vazios sanitários das culturas da soja, algodão e, mais recentemente, do feijão; contribuir significativamente para o manejo integrado de pragas, doenças e invasoras.
Como a cultura tem importância estratégica e alta relevância para a população, e, diante da necessidade de recuperar a competitividade da cadeia produtiva do trigo no Estado, a EPAMIG publica esta edição do Informe Agropecuário com informações e tecnologias que contribuirão para o alcance desses objetivos.
- Editora: Epamig
- Autor: Condé. Aurinelza Batista Teixeira
- Data de Publicação: 2013-01-01 00:00:00
- Número de páginas: 96